" Realinhando as órbitas dos planetas, ou talvez tentando realinhar as órbitas de meus pensamentos... "

domingo, 19 de dezembro de 2010

Como se houvesse tempo suficiente...

" Na vida, não existe tempo suficiente para nada, pois cada dia, surge algo novo que ocupa alguns minutos ou horas de suas 24, que ocupa 1 dos seus 12 meses.. que ocupam alguns anos dos poucos que você tem! "





E a discussão dava para se escutar de longe...

Kevin: Eu não quero saber Beatriz, você me vem com essa sua ladainha de sempre, dizendo que não é bem assim, que estou imaginando coisas, SERÁ QUE SEMPRE ESTOU IMAGINANDO COISAS?
Beatriz: NÃO AUMENTA O TOM DE VOZ PARA FALAR COMIGO KEVIN! - disse, e sua expressão de tristeza se tornou de raiva - EU JÁ DISSE A VOCÊ QUE EU ODEIO BRIGAR, E POR QUE VOCÊ SEMPRE ME VEM COM UMA COISA NOVA?
Kevin: Ah! Então você quer dizer que eu invento tudo isto ? Por que não diz logo que está afim de passar o natal com sua família e não comigo?
Beatriz: Porque eu não ia dizer isso e você ja me interrompeu dizendo que já sabia o que era!
Kevin: E não acertei?
Beatriz: Ah, cala a boca, vai! TCHAU KEVIN, VOU PRA CASA!
Ela se virou e uma lágrima caiu, e saiu andando sem olhar para trás.


A chuva caía bem de leve e Kevin continuou, ali, parado, pensando se realmente ele deveria ter esperado ela dizer o que ela iria dizer antes de tomar qualquer atitude e já ir se enfurecendo com ela. Pensou em ir atrás dela, mas o orgulho o impediu, o seu Ego, a superioridade machista que nele havia não deixou ao menos ele ligar para ela. Ele sabia que se sentiria muito melhor se ela viesse atrás pedindo desculpas e procurando uma reconciliação como sempre fazia quando brigavam. Nunca passavam mais de um dia brigados, porque sempre ela tentava se reconciliar antes de dormir, e fazia isso todos os dias que eles se desentendiam.





E mais uma vez ele a esperaria, talvez ela ligasse ou talvez iria até a casa dele. Então ele achou melhor ir para casa e aguardar Beatriz dar algum sinal de que queria que as coisas voltassem ao normal.

Ao chegar em casa, entrou, fechou-se em seu quarto, e ficou ao lado do telefone, esperando ansiosamente para que ela ligasse, afinal, a briga não tinha sido por um motivo tão sério assim! Ele esperou... esperou... esperou e foi vencido pelo sono e o cansaço de esperar.




No outro dia acordou assustado, pois não havia nem uma chamada perdida, e Beatriz não aparecera em seu apartamento, o que significava que dessa vez ele se surpreendeu porque ela não fez o que costumava fazer. Pensou o que podia estar acontecendo. Ultimamente estavam brigando demais, e ela estava o evitando, nos últimos meses, ela não se encontrava em casa na parte da tarde porque alegara que tinha se matriculado em um curso de pintura.
Então ele resolveu ligar para ela...





NÃO HOUVE RESPOSTA!

Foi até a casa dela, bateu e ninguém atendeu. A vizinha disse que não a viu chegar em casa ontem. Nessa hora Kevin entrou em desespero... O que pode ter acontecido? Será que ela está bem?
Vizinha: Acho que o tratamento dela deve ter reiniciado ontem, porque ela nunca dorme fora de casa. Por que não vai até o hospital?
Kevin: O quê? Tratamento?
Vizinha: Beatriz descobriu que tinha um tumor no coração há 11 meses atrás, e de lá para cá, todas as tardes ela ia ao hospital para receber o tratamento, mas os médicos disseram que ele aumentou de tamanho muito rápido, e nada mais pode ser feito, então ela parou de fazer o tratamento e só ia ao hospital para tomar vitaminas, porque o médico disse que talvez se ela ficasse um pouquinho mais forte, poderia voltar a fazer o tratamento...
Kevin: Ela não me contou isso, por que? - Seu semblante se mostrou preocupado, entristecido, 1000 expressões em um segundo, ele não sabia o que pensar, o que fazer - Você sabe o hospital que ela ia?
Vizinha: Não sei, mas talvez tenha alguma coisa na casa dela, eu tenho uma cópia da chave.

Kevin pegou a chave e na hora que entrou viu Beatriz esticada no chão, correu para ver se ainda havia pulso, sim, ainda havia. Chamou uma ambulância para levá-la ao hospital, mas não acompanhou ela, pois quando entrou na casa de Beatriz, notou que em uma de suas mãos havia uma caneta, e ao lado dela, o telefone e  um papel com algumas letras rabiscadas, que transmitiam desespero, algum borrões no papel, dizendo:


Meu amor, neste momento você já deve saber de tudo, tentei te contar ontem, mas você não deixou e acho que era outra coisa. Todo esse tempo quis te poupar da minha dor, tentei protegê-lo para que não sofresse, nunca deixei que fossemos dormir sem resolver nossas desavenças, é porque eu aprendi a viver como se fosse morrer no outro dia, a minha vida se tornou incerta, queria demonstrar o quanto te amava, pois eu podia dormir e acordar, ou fechar meus olhos para sempre.


Te amo e até um dia.

Beatriz

Ao terminar de ler isso, o telefone tocou, era do hospital dizendo que Beatriz não aguentou chegar ao hospital e morreu a caminho.
Já desesperado e cheio de lágrimas, ele correu, correu dali como nunca havia corrido antes, foi para sua casa, e naquela noite, nublada e chuvosa antes de ouvir o disparo do revólver, começou a escrever entre lágrimas e soluços..


Eu vivia como se nunca fosse morrer, e agia assim com as pessoas, com você, com todos, achava que havia tempo demais para reconciliações e para pedir perdão, no entanto, não foi o suficiente, pois sei que todas as noites de reconciliação você ficava triste, poque eu não  te dava o devido valor e nunca ouviu de minha boca um pedido de perdão.
Se você viveu como se fosse morrer no outro dia, hoje eu morro para viver com você PARA SEMPRE

Espero que um dia possa me perdoar. Te amo.

Kevin.


No outro dia, encontraram Kevin morto, e na parede um rabiscado que dizia:

VIVA COMO SE FOSSE MORRER UM NO OUTRO DIA!


 

Fica a dica, Passar bem! ;)



 

sábado, 18 de dezembro de 2010

O que eu também não entendo!


Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

( Dalai Lama )








Há dias em que me questiono sobre tudo na vida,
é porque conforme os ponteiros vão completando voltas e mais voltas eu me surpreendo mais com os acontecimentos,
cada dia surge algo novo que jamais havia passado pela mente,
e é nesse momento em que me vejo cercada de coisas que julgo não haver saída,
derrepente até haja alguma, mas como saber se é realmente uma saída, ou uma entrada para um problema pior?
O fato é que temos a certeza de algo e depois descubrimos que não era bem assim, necessariamente, exatamente assim... e você se vê em um lugar que parece familiar, mas se faz tão distante de você, tão estranho...
as pessoas, as coisas, o modo de agir, simplesmente tudo...você considera conhecer as coisas, convive há tantos anos com as pessoas, e realmente acredita que conhece, e então com uma atitude de alguns minutos, faz todo o resto parecer mentira...
A complexidade da vida me assusta, você não sabe do futuro, acredita que dias melhores virão...e esquece que no momento em que está pensando em dias melhores, seria perfeito para ser o primeiro dia dos melhores que você espera..
todo dia, a todo instante, você deseja ser melhor em alguma coisa, ou ao menos ser bom em algum coisa, vive numa busca constante por algo que nem você mesmo sabe o que é... Só sabe que se não encontrar passará os proximos anos frustado, com um oco em seus sentimentos...
Derrepente até seja amor que procura, mas por que quando se tem a impressão de que encontrou, sempre surge algum obstáculo, qualquer coisa que te faça repensar se valeria a pena?
Por que o sabor da conquista dura muito pouco? Passar anos planejando para no fim, descobrir que era algo além daquilo que você queria!
Talvez nada que eu tenha dito até aqui faça sentido, ou faria se eu soubesse me focar em alguma coisa... mas é que o cansaço está tomando conta de mim, estou cansada de tentar achar as respostas de perguntas que nem ao menos sei formular, se dizem que é mistério, então que continue sendo assim, mas enquanto não souber como esse sistema funciona, com justificativas ou não, intencionalmente ou não, continuarei errando...e acertando as vezes, tentando fazer no pouco que me cabe algumas pessoas felizes, basta saber que meu combustivel é intensidade dos sentimentos. Porque o que meus olhos podem ver não me impressionam, mas se for capaz de me fazer sentir o coração bater diferente, parabéns,  encontrou a mina!




Passe beem!


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eles jamais saberão...

Porque tudo o que eu estou segurando
É tudo que eu não posso deixar ir ♪









Talvez ainda seja o momento de haver lágrimas nos olhos; 
Talvez eu tenha que esconder meu sorriso;  
Talvez eu deva deixar o vento levar o que escondo atrás de mim,
ou talvez não.. 
ainda me lembro do que foi dito sobre o futuro;


Queria concretizar os planos,
fazer valer os atos,
minimizar os problemas,
estabelecer os sonhos,
me acostumar com os fatos, mas acima de tudo
cumprir as promessas!


Independente de qualquer circunstância, jamais verei os olhos castanhos de nossos filhos que nunca existirão;
nem contarei a eles como nos conhecemos em uma noite de Novembro,
nem como nos reencontramos a beira-mar em uma tarde ensolarada de Janeiro, nem como precisamos nos distanciar para saber a força que tem um sentimento verdadeiro, nem como o arrependimento vem para o crescimento, nem como perdoar pode ser uma ótima forma de demonstrar carinho, nem como quebrar regras se torna interessante se a causa for mais um segundo junto, nem que fizemos planos sobre eles, nem que o nome de um deles é de um jogador de futebol, nem que o nome do outro é de uma coisa que se conquista quando se vence algo muito difícil, nem que a mãe deles tinha uma paixão obsessiva por um animal que vive no gelo, nem que era fissurada em signos na época em que nos conhecemos, principalmente no signo do pai deles, nem que os pais deles são dois arquitetos importantes na sociedade, nem que sua mãe sempre viaja para Dubai a trabalho, nem que o seu pai não foi a sua apresentação do colégio no sábado porque foi fazer trilha, nem o quanto era engraçado comer espetinho quase todos os dias as 19horas, nem saberão o porque todo ano os pais deles vão à praia e passam o tempo todo sentado em umas pedras olhando o mar, eles nunca saberão que a mãe todo dia sente a falta do choro deles que jamais será ouvido, nem que a Janet não limpou os vidros da porta da sala como deveria, jamais ele verão as cartas que seus pais escreviam quando começaram a namorar, nem como escolheram a cor do jogo de quarto, JAMAIS saberão como eu amei e ainda amo o pai deles, e que todo dia me enfureço por não poder imaginar mais que irei fazê-los dormir na rede, ou que deixarei eles dormirem entre nós dois, em nossa cama, quando tiverem um pesadelo, que me dói saber que nunca irei assistir uma peça de teatro deles na escola e que não estarei presente quando tiverem algum problema, eles jamais saberão que um dia fizemos tantos planos e NADA, absolutamente NADA será concretizado.
Pelo menos é o que o destino está me fazendo acreditar, que somos diferentes, vivemos em universos paralelos e que um dia, sorrirei ao ver você fazendo compras ao lado de sua mulher no supermercado, com o filho dos dois em seu pescoço... e apenas irei sorrir e dizer: "oii, quanto tempo, você parece ótimo", mas nesse instante, na minha mente, eu me lembrarei de tudo que aconteceu conosco, nossos planos, momentos, recordações, brincadeiras, planos, risos, lágrimas, raiva, tristeza, alegria, da nossa história. E então, continuarei sorrindo e irei me despedir, desejando nunca mais te encontrar, porque toda vez que eu te rever, me lembrarei da nossa promessa de fazer com que SEMPRE fosse o tempo que ficaríamos juntos...






Passar bem, seja feliz :)









quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

If tomorrow never comes?


Estupidez é acreditar que ainda nos resta tempo suficiente para fazer TUDO.Na realidade  há tempo de sobra, mas a sua utilização é de maneira inadequada."


E se o amanhar Nunca chegar?