" Realinhando as órbitas dos planetas, ou talvez tentando realinhar as órbitas de meus pensamentos... "

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eles jamais saberão...

Porque tudo o que eu estou segurando
É tudo que eu não posso deixar ir ♪









Talvez ainda seja o momento de haver lágrimas nos olhos; 
Talvez eu tenha que esconder meu sorriso;  
Talvez eu deva deixar o vento levar o que escondo atrás de mim,
ou talvez não.. 
ainda me lembro do que foi dito sobre o futuro;


Queria concretizar os planos,
fazer valer os atos,
minimizar os problemas,
estabelecer os sonhos,
me acostumar com os fatos, mas acima de tudo
cumprir as promessas!


Independente de qualquer circunstância, jamais verei os olhos castanhos de nossos filhos que nunca existirão;
nem contarei a eles como nos conhecemos em uma noite de Novembro,
nem como nos reencontramos a beira-mar em uma tarde ensolarada de Janeiro, nem como precisamos nos distanciar para saber a força que tem um sentimento verdadeiro, nem como o arrependimento vem para o crescimento, nem como perdoar pode ser uma ótima forma de demonstrar carinho, nem como quebrar regras se torna interessante se a causa for mais um segundo junto, nem que fizemos planos sobre eles, nem que o nome de um deles é de um jogador de futebol, nem que o nome do outro é de uma coisa que se conquista quando se vence algo muito difícil, nem que a mãe deles tinha uma paixão obsessiva por um animal que vive no gelo, nem que era fissurada em signos na época em que nos conhecemos, principalmente no signo do pai deles, nem que os pais deles são dois arquitetos importantes na sociedade, nem que sua mãe sempre viaja para Dubai a trabalho, nem que o seu pai não foi a sua apresentação do colégio no sábado porque foi fazer trilha, nem o quanto era engraçado comer espetinho quase todos os dias as 19horas, nem saberão o porque todo ano os pais deles vão à praia e passam o tempo todo sentado em umas pedras olhando o mar, eles nunca saberão que a mãe todo dia sente a falta do choro deles que jamais será ouvido, nem que a Janet não limpou os vidros da porta da sala como deveria, jamais ele verão as cartas que seus pais escreviam quando começaram a namorar, nem como escolheram a cor do jogo de quarto, JAMAIS saberão como eu amei e ainda amo o pai deles, e que todo dia me enfureço por não poder imaginar mais que irei fazê-los dormir na rede, ou que deixarei eles dormirem entre nós dois, em nossa cama, quando tiverem um pesadelo, que me dói saber que nunca irei assistir uma peça de teatro deles na escola e que não estarei presente quando tiverem algum problema, eles jamais saberão que um dia fizemos tantos planos e NADA, absolutamente NADA será concretizado.
Pelo menos é o que o destino está me fazendo acreditar, que somos diferentes, vivemos em universos paralelos e que um dia, sorrirei ao ver você fazendo compras ao lado de sua mulher no supermercado, com o filho dos dois em seu pescoço... e apenas irei sorrir e dizer: "oii, quanto tempo, você parece ótimo", mas nesse instante, na minha mente, eu me lembrarei de tudo que aconteceu conosco, nossos planos, momentos, recordações, brincadeiras, planos, risos, lágrimas, raiva, tristeza, alegria, da nossa história. E então, continuarei sorrindo e irei me despedir, desejando nunca mais te encontrar, porque toda vez que eu te rever, me lembrarei da nossa promessa de fazer com que SEMPRE fosse o tempo que ficaríamos juntos...






Passar bem, seja feliz :)









2 comentários:

  1. Prih, você já deve ter ouvido (e lido) isso inúmeras vezes, mas eu vou repetis com muito prazer: você escreve MUITO bem.
    E mesmo não te conhecendo muito, eu sei que tudo isso é muito verdadeiro, faz parte do que você realmente sente.
    Tá de parabens, você tem um talendo incrível.

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  2. os seus filhos saberão um dia! Confie. ♥

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